segunda-feira, agosto 28, 2006

The Return - O blog foi acampar...

Voltamos à escrita, depois de umas férias bem merecidas e de mais algumas histórias para contar. Como a tradição ainda é o que era, os autores deste blog voltaram a ir acampar e por coincidência (ou não), ficamos exactamente no mesmo sítio do ano passado. Desta vez tivemos a companhia do Xexo que em conjunto com o grande Celso e o Garridão (tudo nomes fícticos) voltaram a acompanhar-nos em mais uma semana cheia de bocas e bitaites...
Tudo começou logo pela manhã... Quer dizer, logo pela manhã não é bem assim porque o meu colega de blog resolveu (como já é hábito) chegar uma hora mais tarde do que o que tinha ficado combinado. Lá metemos as cenas na mala do carro e partimos para o parque de campismo. O grande Celso, o Xexo e o Garridão foram lá ter da parte da tarde.Chegados ao campismo, com uma paragem na pastelaria do meu colega para o pequeno-almoço e outra na estação, fomos fazer o check-in. E diga-se de passagem que estavamos longe de Ermesinde mas a rapariga que nos fez o serviço (check-in) pareceu-me morar lá perto...
Check-in feito, era hora de armar a tenda. E para isso estamos lá nós... Depois de tudo montado tiraram-se algumas fotos e fomos para a piscina dar umas toladas... À tarde chegou o resto do pessoal e ajudamos a armar outra a vez a tenda (deles)... E diga-se de passagem que ficou muito bem armada... Duas entradas (ou saídas, conforme o caso) e colchão de ar... E viva o luxo...Depois de tudo pronto voltamos para a piscina, agora já com o grupo completo.
A primeira noite foi de habituação às nossas camas improvisadas.
No dia seguinte, contámos com a presença do Nando e do Katchone (também nomes fictícios) e voltamos a passar o dia a apanhar sol e a dar uns "jumps" pa piscina... E assistimos ao espectáculo que o Garridão deu quando foi oferecer uma espreguiçadeira a uma miúda de 13 anos que lá estava... De chorar a rir mesmo...
Com o cair da noite, resolvemos dar umas voltas pela cidade... Mas mesmo antes de sairmos reparamos num pormenor no mínimo caricato... A tenda que tinha sido montada depois das nossas, não muito longe do sítio onde estávamos, encontrava-se naquele preciso momento a abanar por todos os lados... Isto aconteceu eram mais ou menos dez da noite...
E não é que mesmo com o barulho que estávamos a fazer (leia-se mesmo barulho porque o Celso fala sempre muito alto e mal se percebe o que diz) a tenda continuava a bambolear ora para a frente, ora para trás... E de vez enquando também para a esquerda e para a direita... Só parou por uns instantes quando o fecho dessa tenda se abriu e uma cabeça pos-se a espreitar cá para fora a ver o que se passava... Mas nem se importou com o magote de gajos (nós) que estavam ali a uns metros a conversar, porque segundos depois a tenda já estava outra vez a abanar-se toda...
Enfim, coisas da vida... Lá deixámos o casalinho em paz (leia "Pás... Pás... Pás...") e fomos dar o nosso passeio... Que, por acaso, correu bem porque enquanto o resto do pessoal ficou no café a comer uns gelados eu fui com o Xexo dar uma volta pela beira da praia e acabamos por parar num quiosque da "Olá" para comer um gelado. Quando estavamos a pagar reparei no olhar da menina morena de olhos azuis que nos deu os gelados. Estava a fazer aquele olhar assim como que a incentivar para as............
Bom, continuando o relato... Pagamos os gelados e continuamos a nossa viagem. No regresso ao ponto de encontro (o café onde estava o resto do pessoal) voltamos a passear pelo quiosque da "Olá" e a menina sempre a olhar para nós... Resolvi ir comprar mais um gelado e o Xexo como é um gajo comprometido (fica-te bem dizer isto aqui...), foi ter com o resto do pessoal...
Bem, eu devo dizer que desta vez pus-me a dar conversa à rapariga e fiquei a saber que era brasileira (já tinha reparado pelo sotaque ao pagar o primeiro gelado) e que morava num apartamento ali perto, era solteira e tinha 24 anos... Tudo isto aliado a uns lindos olhos azuis, uma pele muito morena e o corpo a que as brasileiras já nos habituaram...No entanto, tive azar porque já estava a fazer-se tarde e já tinha o resto do pessoal a mandar-me mensagens e toques para o telemóvel para me despachar... Infelizmente, não se pode ter tudo... Despedi-me da rapariga, dei-lhe o meu número de telemóvel (sim, foi ela que pediu...) e fui ter com o resto do pessoal para voltarmos ao parque de campismo...
Quando chegámos às tendas, lá estava a outra tenda ainda a abanar-se toda... (Meu Deus, o que o Viagra faz a este pessoal...) E mais uma vez só parou, porque o moço lá pôs a cabeça de fora para ver quem tinha chegado e recomeçou tudo outra vez...
Entretanto como já se fazia tarde, o Garridão foi com o Katchone a uma das casas-de-banho do parque para lavarem os dentes e todas essas coisas que se fazem antes de se ir dormir, enquanto nós ficamos perto dos carros e das tendas a mandar uns bitaites...
Pouco depois chega o Katchone sozinho à nossa beira a dizer que o Garridão tinha ficado a engatar quatro gajas que já estavam todas acessas... E como é nestas alturas que os amigos se ajudam uns aos outros, fui lá ter com ele a ver se precisava de ajuda...
Mal cheguei, dei logo pelo forte cheiro a ganza que se fazia sentir entre aquelas tendas... O Garridão já lá estava a mandar uns bitaites quando me juntei ao grupo... Feitas as apresentações ficamos a saber que as meninas eram de umas terras que ficavam no meio do monte (três de Paredes e uma de Valongo), uma das três de Paredes era dona de um bar lá da terra, outra estudava e trabalhava no mesmo bar, a mais nova só estudava e a de Valongo trabalhava numa loja num centro comercial. Como a noite já ia alta e o frio começava a apertar elas convidaram-nos (a mim e ao Garridão) a ir até ao bar do parque de campismo e ficamos lá a conversar sobre vários assuntos... Horas depois, quando o sono começou a pegar às meninas resolvemos voltar todos para as tendas (cada um para a sua, claro)... No entanto, elas ainda nos convidaram a passar a noite nas tendas delas, mas o pedido não foi aceite por eu e o Garridão sabiamos que elas não estavam num estado considerado normal e já se adivinhava que tipo de noite podia resultar daí se tivessemos aceite...

(NOTA IMPORTANTE: Não, eu e o Garridão não somos gays... Somos apenas pessoas respeitadoras que não gostam de se aproveitar de situações como esta para se ter uma noite "a bombar"... Claro que se elas fizessem aquele pedido num estado normal, nem se pensava duas vezes... mas isso são outros assuntos.)

Continuando...
Elas ainda tiveram a amabilidade de nos emprestar um colchão de ar para a nossa tenda e lá voltamos para o nosso sitio...
Quando lá chegamos o Nando e o Katchone ainda estavam acordados a conversar dentro do carro do meu colega de blog porque, segundo eles não podiam ir para as tendas porque aqui o meu colega de blog, o grande Celso e o Xexo estavam a começar a ficar engripados... O Garridão decidiu arriscar tudo e como já estava com sono foi dormir para a mesma tenda do meu colega de blog, enquanto eu, o Nando e o Katchone decidimos ir dar mais umas voltas à beira-mar... Isto eram praí umas 4 horas da manhã... E, ao passarmos por cima do viaduto que vai dar às praias apareceu-nos mais uma situação insólita...
Na parte de baixo do viaduto, que tem uma rua sem saída estava lá um Golf IV estacionado com os vidros um bocado embaciados... No entanto, do alto do viaduto, o Katchone ainda conseguiu vislumbrar umas pernas abertas no banco do condutor com os pés assentes no tablier do veículo e um gajo por cima a fazer uns movimentos...... Bem, acho que já dá para perceber o que estavam a fazer... Eu nem tinha notado e já ia mais à frente com o Nando quando o Katchone nos chamou e disse: "Anda cá! Pede mais um copo e põe-te a ver isto"... E foi assim que todos olhámos para aquela situação... Mas não por muito tempo, porque pouco depois só se ouve o Katchone a dar o grito "à Celso": "Saí daí, pah!!!"... E eles lá devem ter ouvido porque nesse instante compuseram-se e uns segundos depois o carro arrancava a toda a velocidade...
Fomos a conversar sobre o sucedido até às praias e depois ainda ficámos lá umas horas a falar sobre carros até voltarmos ao parque de campismo... Convém dizer que nessa noite dormirmos no carro para não corrermos o risco de apanhar a gripe que se estava a alastrar ao grupo...
No dia seguinte não posso contar o que se passou porque estive o dia todo a fazer companhia às nossas visitas: a Johnny e a grande Célia (tu é que bombas... e vibras... e...)... Por isso deixo que o meu colega de blog conte como foi este dia porque ele esteve sempre com o resto do pessoal... No final do dia ainda estivemos os dois à beira da piscina a fazer companhia à Johnny e à Célia até elas bazarem...
Depois disso, eu e o meu colega de blog fomos dar uma volta de carro até à hora do jantar pela cidade para a ficarmos a conhecer melhor...
Nessa noite ao jantar, o nosso assador avariou e deitou a luz toda daquele sector do parque abaixo e lá tivemos que pedir a uma familia que lá estava a acampar para nos deixar assar as febras no assador deles... Depois disso fomos até ao bar do parque de campismo e fomos dormir porque no dia seguinte era preciso acordar cedo para arrumar tudo e voltar a casa. Já cá no Porto ainda fomos almoçar ao shopping e depois cada um foi descansar para sua casa.

Pode-se dizer que foram uns dias bem passados...
Para o ano há mais!!!

A todos os que participaram e contribuiram para o desenrolar de todas estas peripécias durante todos estes dias (incluíndo as duas raparigas da tenda de praia azul que acamparam no cimo do monte que estava à nossa frente e passaram os dias todos coladas a olhar para nós e de uma forma mais ou menos discreta iam sempre mostrando-nos as tangas, os fios e os bujões delas) o nosso muito obrigado!!!

Vocês É QUE BOMBAM!!!

sexta-feira, agosto 18, 2006

Fogo e Noite

Aconteceu...
E por me teres feito cego
Recordo o sabor da tua pele
E a calor de uma tela
Que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
E enquanto o ar foi escuro
Despidos de passados
Talvez de lados errados
Conseguiste me encontrar.

Foi dança
Foram corpos de aço
Entre trastes de guitarras
Que esqueceram amarras
E se amaram sem mostrar.
Foi fogo
Que nos encontrou sozinhos
Queimou a noite em volta
Presos entre chama à solta
Presos feitos para soltar...

Estava escrito
E o mundo só quis virar
A página que um dia se fez pesada

E o suor
Que escorria no ar
No calor dos teus lábios
Inocentes mas sábios...
No segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Ao nível de ninguém
Dei-te mais...! valeu a pena voar...
Estava escrito
E a noite veio acordar
A guerra de sentidos travada num céu

Nem por um segundo largo a mão
Da perfeição do teu desenho
E do teu gesto no meu...
Foi como um sopro estranho...
...e aconteceu...

És fogo em mim,
És noite em mim.
És fogo em mim.