"Que se foda Madrid!" by Pearl jam

Pearl Jam ao vivo no Oeiras Alive! 07.
Foi das melhores noites que eu tive nos últimos tempos!



A verdade é que sentia-me o último dos seres vivos, depois de nao ter ido vê-los no Pavilhão Atlântico dia 4 e 5 de setembro do ano passado, mas dizem que tudo tem solução nesta vida, e a minha foi vê-los ao oeiras alive!
É assim, eu podia falar aqui ao pormenor toda a “trip” entre sexta e sabado com directa incluída, mas aí ia ter que fazer um daqueles testamentos…Portanto vou tentar resumir. Antes de mais, uma palavra para a minha companheira desta aventura que se dá pelo nome(ou não) de Kinas, rapariga, nós é que bombamos!
Chegamos ao local do concerto e em vez de entrar, não, fomos dar uma volta. Pessoal, era à beira-mar, tem que se aproveitar, estávamos cansados da viagem de Camioneta, e eu em particular de perder todos os jogos do “jogo da guerra” também o jogo não tem um pingo de intelectualidade, é pura sorte.
No palco principal estavam a actuar The used, a seguir foi os Blasted Mechanism.
Queria só fazer aqui um aparte. Uma rapariga olha-me assim muito intensamente e deve ter pensado para ela “Este gajo sim, ele vai precisar disto hoje” e dá-me um preservativo, vidas...estava com a Kinas ao lado, claro!
Blasted Mechanism, foi bastante razoável, com o som e espectáculo digamos “alternativo” que os caracteriza. Já os tinha visto noutra ocasião, e confesso que não sou grande fã, mas algumas músicas aprecio como o caso da “nadabrovitchka”, nota positiva ao concerto.
Seguiram-se Linkin Park, lembro-me de há uns 5 anos curtir muito esta banda, mas depois com a idade fui perdendo esse gosto, embora continue a gostar e a ouvir o som deles, digamos que aquelas batidas de nu-metal e letras típicas de adolescente com vontade de ser diferente, já me passam um bocado ao lado. Mas verdade seja dita, ainda havia bastante gente para vê-los, até tinha miúdos de 8, 10anos! O concerto foi bom, “moches” do costume e tal, foi um bom aquecimento para o que aconteceria a seguir…
Pearl Jam. Como se esperava os Reis da Noite. Eddie entra já com uma bela garrafa de vinho Português com certeza e começam a actuação com “Interstellar Overdrive”, a multidão já estava completamente maluca ao som de “world wide suicide”, “animal” e claro “Even flow”, por esta altura já estava o pessoal todo suado e a delirar com o concerto, veio mais tarde a “Daughter” e entra o concerto numa fase de outro mundo, seguiu-se a rockada de “State of Love and Trust”,e foi ouvir bem o pessoal todo “I’m still alive!” da super musica “Alive”, volvidas outras canções chegou a vez de “betterman” o Eddie por esta altura já tinha bebido, falado em português, dedicado canções, e limitou-se a dar os acordes que a multidão fazia os vocais em uníssono.
Sei que foi por volta desta fase que aconteceu um dos grandes momentos do concerto com o Eddie a dizer “que se foda Madrid”, acho que não preciso dizer mais nada, têm aí o vídeo.
Depois de saírem do palco, voltam para o Encore final.
E chegou para mim, a melhor musica deles a linda “Black”, estava um ambiente magnifico, toda a gente a cantar aquela frase…aquelas palavras... “I Know someday you’ll have a beautiful life I Know you’ll be a star, in somebody else’s sky but why, why, why can’t it be, oh can’t be in mine!” Há frases que dizem tudo, acho que é por isto que o Eddie e os Pearl Jam são o que são…
Veio a Keep on Rockin’ in the the free world, e acabaram o concerto como habitual, com outra grande, grande musica “yellow ledbetter”, aquele solo final man…
É capaz de ter sido o melhor concerto que eu já assisti, por tudo, pelo som, pelo público pela empatia entre a banda e Portugal, só faltou mesmo a Last Kiss, que o meu colega de blog tanto adora, e eu também, mas como não pudeste ir, assim o teu sentimento de culpa por não teres ido é menor.
Podia contar-vos a aventura que foi até chegarmos são e salvos ao nosso Porto. Podia-vos contar a multidão de pessoas às 04:30h à espera de autocarros, o facto de estarmos as 5h e tal da manha num café cheio de afro-descendentes (para não dizer pretos) a atirar garrafas de cerveja para o chão. O facto de ver-mos aquele bêbedo já todo amarelo, o “speed” do taxista (sempre deu para ver os monumentos de Lisboa de madrugada a140km/h), a soneca no banco do terminal à espera da camioneta.
Mas isso tudo acho que não interessa aqui para os nossos leitores, interessa para mim e ficam belas recordações na minha memória.

Pearl Jam é que bomba!